Projeto Escola de Arte Cristã – PEAC – Caucaia

Projeto Escola de Arte Cristã – PEAC – Caucaia

O lugar onde vivemos, ao qual pertencemos e criamos raízes, diz muito sobre a nossa própria história. Independente dos problemas encontrados, é nesse lugar, tão cheio de afeto, que se constrói relações, que se busca pela felicidade e, principalmente, que se luta por melhores condições e dignidade. E quando isso acontece com apoio de outras pessoas, dispostas a ajudar com ações concretas e, principalmente, com carinho e atenção, é a prova de que fazer o bem sempre vale a pena.

Essa poderia ser a história de tantas comunidades ao redor do Brasil, mas se torna ainda mais especial quando se conhece Guaié, antiga aldeia indígena e hoje uma vila de pescadores, localizada em Iparana, na cidade de Caucaia, Ceará. E foi justamente lá que um grupo de amigos decidiu realizar um trabalho social, a partir de atividades lúdicas, recreativas e de saúde, não apenas com crianças e adolescentes, mas com toda a família. Assim, no dia 15 de setembro de 2011, nascia o Projeto Escola de Arte Cristã, o PEAC, para mostrar que é possível, sim, mudar a vida daqueles que mais precisam.

Rebeca Pinheiro, coordenadora do PEAC, explica que tudo começou com uma ideia entre amigos, que tinham um desejo de fazer alguma coisa pelo próximo. Eles chegaram a visitar algumas comunidades em Fortaleza, até que souberam, por uma das integrantes do grupo, da existência do Guaié. Chegaram lá, inicialmente, para realizar uma espécie de censo, para saber mais informações sobre as famílias, o que eles esperavam do futuro, o que a comunidade precisava, entre outras questões. “Foi assim que conseguimos detectar que essas famílias gostariam que suas crianças tivessem uma nova oportunidade, um novo olhar para a vida”, afirma Rebeca.

Arte, saúde e educação

Aos poucos, o PEAC passou a conquistar a confiança dos moradores, que hoje se sentem gratos e felizes com o trabalho realizado, como faz questão de ressaltar a bordadeira Luisa Celestino. “Faz tempo que o PEAC chegou aqui e, desde sempre, eu recebi com muito amor. Esse amor permanece e cresce cada vez mais”, diz. Além disso, os próprios voluntários são enfáticos ao afirmarem que, desde o início, sentiram um carinho especial pelos moradores e pela comunidade, como se o caminho até lá já estivesse traçado. “Foi especial. Desde o primeiro momento, na nossa primeira visita, sentimos o chamado para desenvolver lá o trabalho que tanto queríamos”, ressalta a coordenadora.     

No começo, o grupo visitava o Guaié uma vez por mês, ou quinzenalmente, mas sentiram a necessidade de estar mais presente. Atualmente, todos os sábados, eles estão na comunidade para desenvolver diferentes ações, que vão de higienização à recreação, além de educação cristã e um dia para atividades especiais, sempre com convidados, amigos e parceiros do PEAC, que já desenvolvem trabalhos sociais em outras comunidades.

A ideia não é apenas o de oferecer um momento de lazer ou de cuidados com a saúde, mas, principalmente, de transmitir valores, mostrar bons exemplos e fazer com que eles próprios têm o poder de transformar suas realidades e serem o que quiserem, a partir da educação e da cidadania. É como faz questão de ressaltar o voluntário Júnior Peixoto: “Se a semente for plantada no coração e na mente de uma criança, o nosso trabalho terá valido a pena”.   

E pela animação e pelo sorriso no rosto de cada um, percebe-se que criançada adora os sábados de atividades! Amanda Celestino, 15 anos, neta da bordadeira Luisa, frequenta o PEAC desde criança, mas ainda faz questão de participar das brincadeiras. Além disso, ela, assim como todos os atendidos pelo projeto, transmite tudo o que aprendeu para outras crianças e adolescentes, seja colegas da escola ou parentes e amigos que não vivem na comunidade.      

Doações

Mas as atividades desenvolvidas pelo projeto não param por aí! O PEAC também batalha por doações de alimentos, roupas, brinquedos e produtos de higiene pessoal, por exemplo, que são distribuídos entre as famílias e as próprias crianças, uma vez que a maioria dos moradores do Guaié passa por várias dificuldades. O grupo também luta por recursos para a compra de um terreno, para a construção de uma sede própria, já que, por enquanto, as ações são desenvolvidas em uma igreja evangélica.

E é assim, com a ajuda de todos e (muito) amor e respeito, que o PEAC consegue mudar a vida de uma comunidade inteira, que sorri e é feliz apesar de todas as adversidades.

Entre em contato com o PEAC e saiba como ajudar:
(85) (85) 99780-1590
[email protected]
http://www.facebook.com/peeacc