Associação Menina Olímpica – Fortaleza

Associação Menina Olímpica – Fortaleza

Katrine Costa começou cedo no futebol. Desde os oito anos, já jogava bola com os amigos nas praias e ruas de Fortaleza. O que era visto como brincadeira logo tornou-se uma carreira que promete muitas conquistas, graças a ajuda que recebe da “Associação Menina Olímpica”. Aos nove anos, Katrine foi convidada para treinar no projeto que há uma década trabalha com o futebol de base para mulheres entre 8 e 25 anos.

A iniciativa é realizada pelo ex-jogador Chagas Ferreira, de 56 anos, em parceria com a Marinha, que cede a estrutura onde os treinos são realizados. Atualmente, a associação é mantida pelo idealizador e por doações de parceiros e empresas privadas. O projeto conta com a participação de 32 alunas, mas o ex-jogador espera trabalhar no futuro com cerca de 120 meninas.

O objetivo, segundo Chagas, é proporcionar esporte de qualidade para as mulheres, educar, formar cidadãs e proporcionar a realização de sonhos para a menina que aspira ser jogadora de futebol. Dessa forma, o projeto tem alcançado resultados semelhantes ao de Katrine, que encontrou no futebol grandes oportunidades. “O esporte muda a vida de qualquer pessoa”, explica a atleta. E mudou mesmo!

Aos 17 anos, Katrine – que já passou pelas seleções sub-15 e 17 e tem pelo menos 4 convocações para a seleção sub-20 – é uma das principais revelações e tem inspirado outras meninas que encontram nela um exemplo a ser seguido. “A gente não deve dar exemplo só dentro de campo, mas fora também. Por isso eu tento ser uma ótima pessoa e busco sempre me relacionar com as outras meninas do projeto, porque eu não me sinto diferente de nenhuma delas”, explica.

No projeto, o futebol segue além das quatro linhas do campo. Para participar dos treinos as alunas devem estar matriculadas na escola e estudar no turno da manhã ou da noite, pois as atividades acontecem no período da tarde. “Não adianta só querer jogar, é preciso estudar, porque mais tarde se o futebol não der resultado, elas estarão com o conhecimento guardado e esse ninguém tira”, reforça Luciano Martins que é técnico voluntário da associação.

Além da inclusão social, a iniciativa tem como meta a preparação para que todas as alunas alcancem mais espaço dentro do esporte. “Meu sonho é jogar em um grande clube, principalmente jogar na seleção brasileira, me formar em engenharia, mas o meu principal objetivo é o futebol”, idealiza Fátima Dutra, de 16 anos. Vinda da cidade de Cedro, no interior do Ceará, a atleta vive na Capital com uma tia e divide o tempo entre os estudos e os treinos no projeto. Ela sabe que o caminho não será fácil, mas garante: “as mulheres podem fazer tudo, principalmente jogar futebol”.

O trabalho do projeto alcança também os pais das alunas, já que os familiares precisam acompanhar as jogadoras e participar de palestras oferecidas pela associação. E os temas abordados nas reuniões são diversos, além dos momentos de lazer e atividades recreativas. Tudo realizado com um único objetivo: fortalecer a importância da cidadania e da educação, além de proporcionar oportunidades e sonhos.

Mesmo lidando com o preconceito e as dificuldades encontradas na prática do esporte, as meninas não desistem do sonho e, com a ajuda dos técnicos, elas persistem. “É no projeto que essas meninas terão uma oportunidade. A prova disso sou eu que cheguei à seleção, algo que era impossível no futebol feminino, já que não tem muito apoio”, desabafa Katrine. Mas, ela acredita que com ajuda dos professores Chagas e Luciano “elas vão conseguir”.

De olho no futuro, Chagas corre atrás de mais alunas. “O projeto é da comunidade e só com uma quantidade grande de atletas a gente consegue formar boas equipes de futebol feminino”. Os resultados desse trabalho inspiram todos os que participam. “O meu sonho é abrir um projeto social, porque eu vejo muitas crianças na rua que querem se tornar jogadores, mas não tem local para aprender. Eu quero continuar no projeto, porque foi onde eu comecei e eu não quero que pare”, declara Katrine.

No entando, o que depender do ex-jogador, o jogo não vai parar. “Te garanto uma coisa, os melhores dias da minha vida hoje são as terças e sextas quando eu venho para os treinos”, finaliza Chagas.

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Associação Menina Olímpica – Fortaleza

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Telefone:  85 99612.2520

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