PROJETO É NÓIS

PROJETO É NÓIS

Era junho de 2016 e começava ali uma parceria entre o Instituto Comunitário do Passaré (ICOP) e a Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte Capoeira (Abada Capoeira). Juntos, eles colocaram em prática o projeto É NOIS. Mestre Mandala, um dos representantes da Abada Capoeira explica essa relação entre as instituições “a Abada desenvolve, há mais de 30 anos, diversas ações pelo Brasil. O professor Jamaica, que faz parte da Abada Capoeira, conheceu o ICOP e viram que o objetivo das duas instituições era o mesmo: trabalhar o cidadão no seu desenvolvimento para a sociedade”.

O professor Jamaica hoje é um profissional de Educação Física e responsável pelo projeto É NOIS. Para ele é a retribuição do que um dia recebeu de projetos como esse. “A grande lição que a Capoeira me traz é a sobrevivência. Eu nasci e me criei aqui na comunidade. Eu devo tudo a ela. E hoje eu tenho que recompensar a Capoeira trabalhando em projetos sociais”, ele explica. A grande importância para ele não é só a formação do capoeirista e sim, cidadania, respeito, disciplina e hierarquia que são ensinados a partir da arte da capoeira.

“A Capoeira faz toda a diferença na vida dessas crianças. Depois que eles entram aqui eles se tornam crianças diferentes. Tanto na preparação física quanto na escola”, ressalta professor Jamaica. Para as crianças serem atendidas pelo projeto elas precisam estar na escola, com boas notas e presença. Hoje, são mais de 70 crianças participantes do projeto É NOIS, no ICOP.

A desigualdade social é combatida pelo ICOP e pela líder comunitária Maria Eliete Freire. Ela tem um carinho especial pela capoeira. “Hoje temos muitas atividades aqui no ICOP, como Muay Thai, Aula de Forró, Funcional, Grupo de Idosos em uma parceria com a Unifor e Aula de Ritmos, mas foi com a Capoeira que tudo começou” explica Maria Eliete.
O projeto É NÓIS tem parceria com a Secretaria de Esporte do Município, com a FETRIECE (Federação de Triathlon do Estado do Ceará) e o Projeto Atleta Cidadão Fortaleza, que ajuda a viabilizar a ação. “Quando a gente iniciou esse trabalho, era uma situação mais precária. Hoje, eu sou um funcionário desse projeto e a semana toda temos aulas. É a minha profissão. Hoje deixou de ser voluntariado e é a minha profissão” comemora emocionado professor Jamaica.

José Pedro dos Santos, conhecido como Pedrinho, participa do ICOP há cinco anos. Ele nasceu como uma deficiência motora e não conseguia andar sem a ajuda de muletas. “A capoeira mudou tudo na minha vida. Hoje eu consigo andar sem a ajuda de muletas. Capoeira para mim é tudo, é minhas pernas, meus braços é minha saúde” comemora Pedrinho que hoje também devolve o que recebeu do projeto trabalhando como voluntário de Capoeira.

No Passaré vemos a capoeira formando uma verdadeira rede do bem que não para de crescer. Para ajudar esse projeto, ligue: (85) 98505.5291. Conheça as outras histórias finalistas e vote no Prêmio Social Esporte Clube 2018.